Por Cesar Seara Neto

Ansioso para me sentar à frente da tela e deixar fluir todas as ideias que surgiram à minha cabeça, durante os banhos nesta semana, a água lavando e limpando o que não precisa ficar retido na pele, e principalmente na nossa alma.

Cada um acredita no que mais lhe parece crível, ou incrível para tornar nossa fé ainda maior.

Nesta quarta-feira fiz um vídeo ao vivo que deveria ter durado apenas quinze ou vinte minutos, no máximo, com a retrospectiva das Histórias de Remador, ano 2022, mas ele durou bem mais do que isto.

Ao trocar mensagens com meu fiel amigo Ameba, um dos incentivadores paisanos desta página, escrevi que ao revisitar os acontecimentos do ano, parecia que eu tinha ido ao supermercado, apanhando em cada gondola que passava um feito vivido, presenciado, registrado ou contado por mim.

Depois de tudo devidamente registrado no caixa, e a conta paga com meus recursos, e mais os que foram conseguidos com os amigos da Vakinha, no mês de março, foi tudo colocado em sacolas para que eu transportasse para casa. Neste momento percebi que meus dois braços não eram suficientes para carregar todos aqueles feitos.

Ali percebi que eu fiz o meu melhor, e fiz muito! Bem mais do que eu imaginava ser possível, mas como diz meu sábio pai, “quem pensa grande, faz grande. Quem pensa pequeno, faz menor ainda”. É fato que muitas pessoas me ajudaram, citar nomes é errar, mas Gica e Renata Ferreira da Costa, esposa e cunhada, Roberto Jantsch e Luca Speger nas filmagens, e por último Gabriel Colovini na transmissão, abrilhantaram a equipe publicamente anônima, no apoio logístico e intelectual Jossiano Leal e Ralf Gutschwager.

Tudo isto relatado ao Ameba, que nunca foi remador, mas devido a forte amizade que nos une, sempre tive bons retornos dele, entretanto, fica aqui a minha cobrança pública, para que ele produza um dos seus textos, na maioria deles hilários graças a sua inteligência, a ser publicado aqui no nosso site. Amigo, não precisas falar de Remo, mas sim do que enxergas para quem está fora do barco, será um prazer inenarrável.

Com relação às LIVES que fizemos durante o ano, nosso vencedor, o Juca, foi uma grata surpresa para mim, pois eu não havia tido contato com ele, durante a sua vida profissional, quando eu fui atleta e disputava campeonatos.

Além dele, inúmeras pessoas conversaram ao vivo comigo, ao ponto de eu não saber quantas foram, mas como diz o Rei Roberto, “o importante é que emoções eu vivi”. Aqui vem uma reflexão que eu já externei para o ano que se aproxima, baseado numa brincadeira que recebi de alguém muito próximo a mim, talvez, não saiba que me causou um ponto de inflexão tal qual numa curva parabólica, mas me fez cair a ficha.

As pessoas já estão vivendo suas vidas normais, e estas LIVES que assistíamos durante o período de quarentena a que fomos submetidos, já não fazem mais parte de nossos cotidianos, assim primaremos pela qualidade e teor das conversas a serem realizadas, com mais pesquisa, aprofundamento nas Histórias de Remador que medalhas não são capazes de contar, pois falar com e entreter pessoas, não é tarefa fácil.

Ontem estivemos no GPA, onde fizemos uma manutenção no tanque onde aprendemos a remar, novatos, novíssimos, velhotes, velhíssimos, entramos noite à dentro, evocando Daniel San, revestindo as paredes, para cima, para baixo, para esquerda, para direita, no melhor estilo Karatê Kid. Amanheci com a lombar e os músculos das coxas sentindo o peso dos anos, mas realizado por saber que as turmas de remadores que anseiam pelo dia três de janeiro, remarão mais felizes.

Relembrando o que Lucas Verthein me aconselhou, para fazer sempre o meu melhor, concluo o ano cheio de vigor e ansioso para construir 2023 ainda melhor do que foi este ano, com muita saúde e paz no coração, de olho nos comentários que vocês escrevem.

TAMU JUNTO.