Por Cesar Seara Neto

Sábado passado remei o Skiff Simples. O rio estava muito calmo. O professor pediu para fazer exercícios educativos. O primeiro deles é ficar parado na pegada da remada, deixando a pá do remo cair na água, empurrando só um pouco as pernas, braços se mantém esticados e o tronco não se move, permanecendo inclinado para frente. Aos que não tem familiaridade com os termos, na pegada nossa bunda está próxima ao calcanhar, o peito encostado na coxa, o tronco sempre reto, os braços esticados e abertos.

O resultado disto é que o joelho permanece dobrado durante dois minutos. Para quem tem os meniscos dos dois joelhos desgastados como eu, um deles já operado, é problema na certa. Durante o domingo, um pequeno inchaço no joelho esquerdo confirmou minha suspeita. Na segunda não treinei. Gelo e pomada com cheiro de cânfora durante a semana. Voltei à água ontem, sexta-feira.

Enquanto não podia remar, me dedicava a Oficina de Crônicas ministrada pela jornalista Kelli Pedroso da Editora Pergamus. Um curso intensivo de oito aulas de uma hora e meia cada uma, além das canjas extras fora do horário combinado de forma muito carinhosa, não sei se foi pelo meu interesse. Acredito que é a sua vocação pedagoga que fala mais alto.

Antes de prosseguir sobre meu curso, uma resenha antecipada, rápida, sobre quinta-feira dia 19 de janeiro às 19 horas, quando faremos um encontro no nosso canal do YouTube falando sobre o tema Liderar é: com a participação de Fernanda Nunes (RJ), Luiz Felipe (RN), Pedro Ricardo (PE) e Werner (RS).

O encontro terá quatro momentos,

1. Apresentação individual;
2. Uma boa lembrança de quando exerceu função de líder no remo, voluntária ou não;
3. Um bom exemplo de líder, no remo ou não, e o porquê;
4. A minha tese: No remo brasileiro muitos líderes, porém, nos falta liderança.

O link está ao final deste texto. Não deixem de participar. Observação importante, leiam esta frase como se terminasse com um ponto de exclamação.

Voltemos ao curso, fiquei encantado como ela lida de forma profissional e direta sobre assunto tão delicado, que é a criatividade. Qualquer pessoa que construa uma obra, quer seja com palavras, com tintas ou tijolos, sempre tem orgulho dela. Quem procura ajuda de um consultor tem um único objetivo, melhorar. Aqui o ponto alto da Oficina, ela enaltece os aspectos positivos do autor, independente se é novato ou experiente, dando ferramentas e atalhos para que ele amplie sua criatividade.

As doze horas que pareciam ser muito tempo no início do curso, já na terceira aula percebi que era um sopro.

Com várias dicas sobre como escrever ela quebrou paradigmas dentro da minha cabeça, lidando com o meu ego e as minhas vaidades, procurando manter o balão sempre cheio, flutuando nos ares da imaginação e criatividade.

Fica aqui o meu registro de agradecimento a ela e a recomendação de uma excelente profissional para quem necessitar de consultoria e edição de textos.

Combinei com ela que faria esta crônica misturando assuntos de remo e crônica em si, mas daqui para a frente, a edição fica sob minha responsabilidade, me deixando numa saia justa. Deixarei a minha emoção característica me mover e publicar este texto, sem contratá-la para dar vistas, e aguardar suas contribuições que me colocam nos eixos, mesmo sem saber se o seu polegar vai para cima ou para baixo.