Abraçando o Mundo com as mãos

Publicado por historiasderemador em 7 de maio de 20237 de maio de 2023

Por Cesar Seara Neto

Copa do Mundo acontecendo em Zagreb, Croácia. Copa América de Remo Costal no Peru, Copa Catarinense de Remo de Praia, em Jurerê, Florianópolis, Santa Catarina, Campeonato Brasiliense e Campeonato Carioca de Remo. Mais algum evento?

Nem me refiz da LIVE com a dupla Daniel Passold Filho e Roque Zimmermann do Clube Náutico América de Blumenau, e já tenho que me preparar para a LIVE com Piedro Tuchtenhagen e seus técnicos Oguener Tissot e Marcelo Varriale.

Nesta semana teremos também na quinta-feira, dia 11/05, às 19h (Chile), no perfil  do Instagram @rowing_tv_ , mais um encontro da Red de Comunicaciónes Sudamericana, onde será entrevistada Ivonne Gómez a ex-paratleta do Uruguai, em conjunto com os amigos de @EstoesRemo.TV , @rowing_mx_arje , @remodeprimera e @aurorarowing. Quem também participa da Red e nos alimenta com notícias quase sempre direto do front é Osvaldo Borchi, técnico do Uruguai.

Leio num grupo de Whats de amigos do Remo dos anos 80, que um dos eventos citados acima, não teve divulgação. Li uma postagem do Manczck nesta semana, um dos nomes mais importantes do Remo brasileiro, pedindo mais união e apoio mútuo entre atletas, dirigentes, profissionais e aficionados do nosso esporte.

Meu pai é um afeito às frases prontas, e parece que ao escrever estas linhas, estou o ouvindo dizer, não tentes abraçar o mundo com as mãos, ou talvez, quem muito quer, nada tem.

Eu treino pelo menos quatro vezes por semana, o mais comum são cinco, mais do que isto, o esqueleto de cinquenta e sete anos não suporta.

Durante a LIVE com o Daniel e o Roque, este me disse que em paralelo ao Remo, tenho minha vida, ele se referiu em especial a profissional.

Tenho me esforçado para incluir o Remo nas minhas atividades, mas confesso que tem sido o inverso, quanto mais eu remo para me distanciar destas Histórias de Remador, mais eu me afasto da terra firme, ficando à deriva dentro do barco, com meus anseios em comunicar o que muitos não querem ouvir, ler ou sequer apenas ver.

Porém, lá no meio d’água, distante de tudo, vem as vozes anônimas emergindo do fundo, muitas vezes se desvencilhando do lodo, quase fantasmagóricas e acabam me fazendo escutar o que o meu pai me disse ao telefone, emocionado, a respeito do Daniel Pissoldo, como é chamado pelos amigos:

– Ele é um menino que não se encontra mais nos dias de hoje.

Esta frase me remete a outra proferida pelo Roque:

– Com certeza o Dani não remou sozinho, toda a família América estava com ele.

Entre lamúrias e lágrimas da minha incapacidade de proliferar os bons aspectos do nosso esporte, a minha falta de clareza como engenheiro comunicador, e a alegria de mostrar em vídeo, depoimentos autênticos, do fundo dos corações, sobre a vitória do representante de uma grande família América, que me enche de vontade de continuar estas Histórias de Remador, me responda aqui no site, não pelo WhatsApp, paciente e amigo leitor, qual devo optar?