O Remo tirou folga

Publicado por historiasderemador em 20 de agosto de 202320 de agosto de 2023

Por Cesar Seara Neto

Gica e eu estivemos em Floripa neste final de semana para uma reunião com a família e amigas da minha irmã, que assim como eu, ganhará idade nova em outubro. Como não perguntei se posso revelar quantos anos serão, me limito a dizer, que ela já viveu quase seis décadas. O encontro me fez lembrar que a celebração maior, mais justa e mais sensata que devemos prestar, é à vida em si.

Após um treino durante esta semana, um pensamento me veio à mente, e acredito que tenha brilhado diante dos meus olhos, graças a esta minha mania de escrever e falar bem do Remo. Sou muito incisivo ao afirmar que esporte melhor não há. Esta minha forma de me comunicar, pode acabar me dando uma falsa autoridade de ser um especialista em remo. Eu não sou. Eu posso ser chamado de um inveterado torcedor do esporte, e desejo que esta mesma vontade que tenho, seja multiplicada àquelas pessoas que ainda não conhecem o Remo.

Algumas pessoas que me conheceram agora já como master, não sabem que apenas fui um atleta em nível estadual e regional, não tendo alcançado vitória em campeonatos nacionais, mas isto não diminui minha ânsia de tornar o Remo mais praticado, em especial, pela juventude. Também não diminui o meu respeito ao esporte, e cada vez que subo num barco, mesmo que para um passeio, a remada deve ser a mais perfeita possível, de acordo com o nível de entrosamento da guarnição.

Um final de semana em família, mesmo de forma muito rápida, é sempre louvável, fortalece nossa alma, e reascende todos os bons sentimentos que pairam dentro de nossos corações e memórias. Mãe mesmo não tendo razão, sempre tem razão. Esta é uma frase que aprendemos antes mesmo de andar, mas insistimos em tentar invalidá-la. Enquanto tomávamos um café de fim de tarde, ouvi de cabeça baixa uma reprimenda da minha mãe, devido a minha maneira despropositada que a tratei ao telefone antes da viagem. Para aqueles que me conhecem, sabem que ao escrever esta passagem, estou me redimindo e tratando de pedir desculpas a ela, pela minha falha.

Os leitores amigos que tem me acompanhado, devem estar tentando entender o que uma passagem de cunho familiar tem a ver com o Remo e com as minhas limitações como atleta. Antes de escrever todo o texto, havia dado o título de Soberba ou Tema Livre?

O tema livre seria poder dividir com quem me lê, os bons momentos da reunião planejada, preparada e muito bem servida, com a presença dos meus irmãos e meus pais, primas da minha mãe e amigas da minha irmã. Graças ao bom convívio que nossa infância nos proporcionou, todas aquelas pessoas que lá estavam, tinham pelo menos uma conexão em comum, a pré-aniversariante, com seus dois netos, filha e genro, sendo o centro e motivo daquilo tudo.

Porém, escrever estas crônicas semanais se tornou uma oportunidade de falar bem do Remo. Aproveitei para tentar me dar uma semana de folga, e misturar todas emoções de cunho pessoal numa salada, para lembrar algo muito importante que o esporte nos ensina, nas horas mais difíceis, devemos manter nossa mente livre e isenta de maus pensamentos, não permitindo perder o controle da situação, entretanto, como vimos acima, somos seres humanos de carne, osso, sentimentos e emoções.