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Por Cesar Seara Neto

Eu sempre gostei muito de matemática. A facilidade com os números foi fator determinante pela escolha do curso de engenharia. A modalidade civil se deveu às reformas na casa da Vó Rosa, onde cal virgem era queimada num buraco no quintal.

Este meu raciocínio lógico e aritmético me arrastaram para as disciplinas optativas, porém obrigatórias, do ramo de cálculo estrutural. Quis o destino que eu trabalhasse noutros setores da engenharia.

Assim que saí de Floripa em 1988, quando percebi, eu estava visitando prefeituras, construtoras, departamentos de água e esgoto, mostrando a solução mais moderna que havia, tubos de polietileno. Eu acreditava, e até hoje acredito neles. Não há tubo melhor que os de PEAD. Estas visitas tinham cunho apenas técnico. Eu apresentava a solução contra o inimigo número um dos engenheiros, o vazamento.

Se em determinado momento, o possível cliente perguntava o preço do material, significava que a minha venda não havia sido feita. Quem pergunta o preço de um material ou serviço, é porque não entendeu o valor que ele tem.

Este pensamento me ocorreu, relembrando quando levei meu filho mais novo a um almoço no GPA. Ele tem mais de metro e oitenta, é musculoso como eu, pesa algo como sessenta quilos. Sua altura chama a atenção e todos que o abordaram, sequer tinham curiosidade pelo seu nome, mas pela data que começaria a remar.

Recebi um conselho em tom de reprimenda dele:

– Pai, vocês parecem aqueles missionários[1] que batem à porta das casas das pessoas, tentando converte-las de qualquer maneira para suas religiões ou seitas.

O resumo desta crônica curta como coice de porco, tem dois objetivos.

Primeiro, para você que ainda não conhece o Remo, vá! Leve crachá com seu nome ao peito, e deixe-o aberto às súplicas dos remadores que tentarão persuadi-lo para fichar no Clube.

Segundo, é para você remador, apaixonado como eu, para que controle sua ansiedade, e deixe o futuro cliente subir no barco por vontade própria, porque depois disto, o contágio é imediato.


[1] Ele disse outra coisa, mas preferi escrever desta forma, afinal o texto é meu.


10 comentário

Delman Ferreira · 16 de setembro de 2023 às 09:26

Sugestão para o título: “Deixa o Remo me levar”

Ricardo Borges · 16 de setembro de 2023 às 11:23

Paixão não se vende…nem se compra

Cláudia Machado Seara · 16 de setembro de 2023 às 11:39

Coice de Porco

Mario Richter · 16 de setembro de 2023 às 12:00

Seja feliz! Com o que for fazer!

Hugo · 16 de setembro de 2023 às 16:18

Missão: Remo

Gilberta Ferreira da Costa · 16 de setembro de 2023 às 19:08

Missionários do Remo

Joaquim Ameba · 16 de setembro de 2023 às 22:04

Ensinando a pesca

Carlos Eduardo Santiago Bede · 17 de setembro de 2023 às 11:54

Diria que o Diferencial é uma expressão absoluta entre as realidades e seus contextos (ou suas variáveis).

Em qualquer momento da vida, o quê nos faz mudar o rumo é justamente quando saímos do senso comum, da estabilidade, do conforto, e tomamos outro sentido. E , por vezes, damos o nome a isto de destino.

Rogério Torre · 18 de setembro de 2023 às 12:46

Não que eu acho que alguém deva ter seguidores, pelo contrário, dinossauro assumido minha praia é bem outra. Porém a crônica me levou a pensar no remo e em outras situações em que temos o poder de influenciar os outros em suas escolhas. E sempre chego a mesma resposta. Não existe argumento mais poderoso que o exemplo. Siga na batida, persevere, e em algum momento seremos notados, a ponto de levar alguém a pensar: “Puxa, acho que isto é algo que pode me fazer bem. Olha como fulano curte. É o famoso “Caminho Suave”, onde toda casa, como diria nosso brilhante comentarista eng. civil começa com a colocação do “primeiro tijolo”. Boa semana a todos. Parabéns pela crônica Seara.

Rogério Torre · 18 de setembro de 2023 às 12:48

Desculpa o erros do corretor Seara.

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