Três palavras, quatro nomes
Agora é sério, no meu próximo aniversário ganharei um crachá com a honrosa insígnia de idoso. Já estou à procura de uma fita para pendura-lo ao pescoço. Não consigo esconder a minha vaidade do meu próximo título. Não me limitarei em deixa-lo sobre o painel do carro para assegurar a minha vaga especial nos estacionamentos, num país que debocha das pessoas que conseguiram sobreviver a tantos anos de contribuição.
Até lá, mais trezentos e sessenta e cinco dias controlando a ansiedade, quando enfim poderei colocar uma camiseta com a frase: velho é quem não brinca. Enquanto isso, brinco com as letras, com meus sentimentos e emoções sentidas, diante de uma enxurrada de felicitações que recebi, muito antes do meio dia. Descobri mais um ponto positivo que o Remo nos dá, no dia do seu aniversário, além de ficar mais velho, antes de o sol estar alto, você é a pessoa mais elogiada do mundo.
Meu nome é composto por nome, sobrenome e a palavra Neto. As iniciais são as mesmas do meu avô e pai. Nos balcões de atendimento e para os professores, sou Cesar. Para a maioria das pessoas que me conhecem, sou o Seara, desde o jardim de infância. Na família eu sou o Neto, exceto nos momentos quando recebo alguma ordem, ou quando minha avó Rosa descobria alguma coisa que eu havia aprontado. A voz saía fina e comprida: Seara Neeeeto.
Sou muito grato aos meus pais por terem me dado como herança, a espontaneidade da minha mãe, que conversa com tudo e com todos, como também pelo gosto de contar histórias e causos tal qual meu pai. Graças a estas virtudes, consegui me conectar com muitas pessoas por onde tenho trilhado meus caminhos, seja no âmbito profissional ou pessoal, mas ao final, o que vale é sorrir, melhor ainda é rir.
Muito cedo no Clube, ganhei um bolo de mais uma amiga que o Remo me deu, compartilhado com os demais amigos que cedo suaram suas camisetas para concluir mais um pesado treino. Confesso que estava cansado, fui lá para não ficar com remorso de perder o treino, mas muito mais para receber abraços e felicitações.
Escrevo aqui que a minha surpresa foi enorme, só perde em tamanho ao gesto silencioso dela, quebrado pela cantoria dos parabéns antes das atividades físicas. Muitos não notaram, mas um pacote de velinhas brancas para incentivar a paz mundial também fazia parte do presente. Não foram acesas porque embora o bolo fosse gigante, não haveria palitos de fósforo suficientes para acender seis dezenas menos uma unidade de velas. Corria-se o risco de ao final da última acesa, a primeira já ter se apagado. O uso de maçarico embora pudesse dar velocidade ao processo, não é recomendado, derreter o glacê não é uma boa.
Seu nome permanecerá como sujeito oculto na oração, mas é certo que deixou meu aniversário mais alegre e o meu dia mais doce.
9 comentário
Werner Günther Höher · 11 de outubro de 2024 às 08:22
Parabéns Seara, muitas remadas de alegrias e felicidades hoje e sempre.
Gilberto Oliveira · 11 de outubro de 2024 às 09:22
Parabens, amigo. Tua idade se mistura a idade da nossa amizade. Do Colegio Coracao de Jesus…e depois cada um tomando seu rumo. Mas sempre conectados. E agora ja quase sexagenários. A vida voa. Bora aproveitar. Saude e Paz pra ti, Seara. Guri bom.
historiasderemador · 11 de outubro de 2024 às 11:53
Obrigado Gil
historiasderemador · 11 de outubro de 2024 às 11:53
Valeu presidente
RemarSul · 11 de outubro de 2024 às 08:24
A idade nunca será problema se a mente e o corpo não te faltarem. A vida é algo forte, exige músculos e um bom sensor de humor e algumas gotas de sarcasmo… Feliz Idade…rsrsrs
Rosane · 11 de outubro de 2024 às 08:37
Com certeza foi um dia alegre!!! Parabéns novamente, que a alegria sempre preencha todos os espaços livres de sua caminhada!!!
historiasderemador · 11 de outubro de 2024 às 11:54
Foi muito legal o dia
Francisco c perfoll · 11 de outubro de 2024 às 08:48
Parabéns meu jovem amigo👏👏👏🎂🎂🎂🍺🍺🍺🍺
historiasderemador · 11 de outubro de 2024 às 11:54
obrigado meu amigo