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Publicado por historiasderemador em 31 de maio de 202531 de maio de 2025

Por Cesar Seara Neto

A janela do avião toda molhada confirmava o que o comandante havia dito, o tempo era chuvoso em Vitória. Para quem acordou às três da manhã numa sexta-feira gelada em Porto Alegre poderia ter sido um balde de água fria, mas a receptividade da Federação de Remo do Espírito Santo me aqueceu representada na figura do seu presidente Gilson, o China, me esperando no aeroporto.

Quanto menos cabelo eu tenho na cabeça, mais valorizo a simplicidade nas pessoas. A conversa fica mais fácil, a sinceridade flui de forma natural. Assim começou a minha jornada aqui em Vitória. Uma cidade com muita história nessa região do seu porto, abrigado de forma natural por uma ilha, aliás Vitória é uma ilha.

A resenha nas garagens de remo tem apenas uma diferença entre elas, o sotaque. As brincadeiras são sempre as mesmas. O espírito quinta série tão em moda é o que move remadores, em especial os master. O sorriso dos amigos que eu já conhecia foi o mesmo dos que tive o privilégio de apertar as mãos pela primeira vez. Aquele café amargo como deve ser, o papo rolando onde funciona a Associação de Remo Master dos capixabas.

O suposto treino de sábado ficou para outra oportunidade, acredito que um pouco se deveu ao jantar na noite de sexta no aprazível restaurante Ilha do Caranguejo. Num determinado momento, um aviso para os clientes fazerem seus pedidos, pois nos próximos minutos cozinha e garçons passam a nos servir de uma forma inusitada, com máscaras para os mais tímidos e com fantasias dançam músicas e interagem com os clientes. Aqueles mais animados comemoram seus aniversários ao lado dos artistas aumentando assim o show. Só este momento já me valeu a viagem.

Fabrício, o Mamed, amigo de muitas ligações telefônicas e pai de duas atletas do Álvares Cabral me deu uma carona da AMARES até a sede do clube, onde pude dar um abraço apertado no João Luís, o Careca, professor formador de inúmeros remadores que vestiram a camisa da seleção brasileira. A resenha continuou no mesmo sotaque capixaba, arrancando sorrisos deste escriba que adora relatar o que vê.

Demos uma passada rápida na garagem do Saldanha da Gama, mas o dia aqui começa cedo “demais da conta”, mas a turma que fará disputas acirradas amanhã, domingo, dia 1º de junho, já estava de saída.

Encerro esta amostra do muito que já vi de forma abrupta, apenas erguendo os olhos para o alto como forma de agradecimento a calorosa recepção que já tive, e ao mesmo tempo, elevando o pensamento e solicitando que as precipitações em forma de chuva que cessaram hoje, permaneçam quietas até pelo menos segunda-feira a tarde, quando retorno a vida normal.

Aqui um registro de um teste que fiz na janela do hotel, com o notebook conectado a internet do telefone, mesma configuração que utilizarei para transmitir a regata. O link está ao final. Como dizem os castelhanos, ¡no te lo pierdas!

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