As remadas paraenses

Por Delcio Nonato Araújo da Silva1
São nas águas da Baía do Guajará e do Rio Guamá que a prática do remo olímpico ocorre
em Belém há mais de 100 anos. O primeiro clube foi a Associação Desportiva, Recreativa e
Beneficiente Bancrévea que foi fundada em 1891. Em 1905 ocorreu o primeiro campeonato de
remo do Estado do Pará, contando com outros clubes que até hoje mantém vivas suas sedes
náuticas. Atualmente, Clube do Remo, Paysandú Sport Clube, Tuna Luso Brasileira e recentemente a Associação de Remo Guajará participam das regatas. O remo paraense sempre representou a modalidade no norte do Brasil. E não diferente de outros estados, o esporte de remo no Pará sempre manteve a tradição das regatas no domingo pela manhã atraindo um grande público.
O Campeonato Paraense de Remo sempre foi muito disputado. Na última atualização dos
Campeões, realizada pela Federação Paraense de Remo, o Clube do Remo lidera com 40 títulos,
seguido por Tuna Luso Brasileira com 39, Paysandu Sport Clube com 21, Bancrévea com 8 e Pará Clube com 1 título. Desde 2010, que a alternância dos títulos ficam entre Clube do Remo e Paysandú Sport. Clubes esses que possuem grande torcida pela tradição no futebol. As regatas do campeonato envolvem muito atletas e uma grande logística de dirigentes, clubes, comissões técnicas, arbitragem e pessoal de apoio.
Em 2021, a Federação Paraense de Remo identificou a necessidade de aprimorar o gerenciamento das informações da modalidade de remo no Estado. Para aumentar a eficiência, foi desenvolvido um sistema informatizado para fazer a gestão administrativa. Até então, os registros de atletas e competição eram realizados em papel. Com o novo sistema, vários procedimentos passaram a ser online como o registro de atletas, transferências, inscrição em regatas pelos clubes, dentre outros. Atualmente, o atleta consegue acessar todo o histórico de suas provas de forma online e rápida. O avanço tecnológico foi um salto para a organização e gestão do remo paraense.
Recentemente, foi implantado em Belém o Polo Paralímpico de Remo pela Confederação Brasileira de Remo. O polo tem como objetivo identificar novos atletas paralímpicos no Estado. Em 2025, será realizada uma capacitação técnica e haverá também provas demonstrativas nas regatas e assim, o campeonato passa a ser inclusivo, como ocorre em outras competições nacionais e internacionais. Com a implantação do polo em Belém, vem mais remadas pela frente em prol do desenvolvimento do remo paraense.

Participe do Grupo Histórias de Remador e tenha a acesso a mais informações
https://chat.whatsapp.com/DfgEpHvaoWK4PbXJEZE6Ud
- 1º Vice-Presidente da Federação Paraense de Remo (FEPAR) ↩︎
3 comentário
Ellen · 14 de fevereiro de 2025 às 17:15
Texto excelente!!!👏👏👏👏👏
Luiz Felipe da Silva · 14 de fevereiro de 2025 às 18:37
Texto excelente, capturando com precisão a trajetória do remo paraense, do passado ao presente! Que venham mais 100 anos de conquistas e glórias para o remo do Pará. Parabéns, meu amigo Délcio!
Raquel Denise Ewald · 14 de fevereiro de 2025 às 19:47
Fiquei com vontade de conhecer a raia de vocês. Desejo muito sucesso a vocês!