Vida de remador

Publicado por historiasderemador em

Por Cesar Seara Neto

Estou rebobinando a fita das minhas memórias numa tentativa árdua para descobrir o que me levou ao remo. Tenho dois registros. Uma regata quando ainda não havia o aterro da Baía Sul em Florianópolis. Eu devia ter cinco ou seis anos de idade. Acredito que a chegada era próxima ao Clube Veleiros da Ilha. Somente lembro os Boabaid comemorando, ao certo uma vitória do Aldo Luz.

Outro registro feito num slide pelo meu pai, enquanto caminhávamos na passarela sul da recém-inaugurada Ponte Colombo Salles, de um double skiff do Martinelli.

Não posso afirmar que antes de remar eu já era apaixonado pelo remo. Minhas declarações públicas a respeito do mais belo e completo esporte confirmam minha paixão.

Acordei ainda mais apaixonado pelo esporte hoje. Cansado, confesso. Uma ressaca emocional avassaladora.

Ao longo desses cinco anos de Histórias de Remador me aproximei de muitas pessoas desconhecidas até então e de outras que permaneceram no esporte, durante os trinta anos que estive ausente.

As eleições da Confederação Brasileira de Remo aconteceram ontem em Aracajú, SE. Num esforço conjunto com as chapas que disputaram o pleito, estive no YouTube ouvindo e perguntando sobre suas apresentações por longas duas horas de cada uma. Eu acredito que valeu a pena, se necessário fosse repetir, o faria de novo.

Ideias foram apresentadas para mudar e aperfeiçoar a forma de gerir nosso esporte. Não será algo simples de se fazer, mas pelo que venho acompanhando ao longo do tempo, desde as últimas eleições anteriores a estas, a chapa liderada pelo meu amigo virtual e telefônico Luiz Felipe, se preparou com uma equipe multidisciplinar para gerenciar o esporte tal qual corporações longevas, modernas e bem-sucedidas fazem.

O que escrevo aqui não é um desejo de sorte, porque remos não são cartas de baralho, mas desejar sabedoria para que a comunidade saiba ouvir, respeitar as pessoas que representam ideias, que podem ser aprimoradas ao longo do tempo, e que o bom trabalho prevaleça, aproveitando o que foi construído anteriormente, inclusive contar com o trabalho voluntário ou não, das pessoas que se dedicaram a desenvolver nosso esporte.

Fica aqui minha reverência e agradecimento a Magali Moreira pelo seu trabalho e esforço dedicado ao esporte durante estes quatro anos, e que o remo possa contar com os seus préstimos por muito tempo.

A bela imagem que ilustra o texto foi desenvolvida pela Remar.Sul Este cartaz pode ser adquirido através do Instagram.


2 comentário

Renato Gaertner · 27 de abril de 2025 às 11:21

Exato.
Merece destaque a ideia: ” remos não são cartas de baralho”.
Parabéns Seara por trazer essas reflexões.
E principalmente por atrair todas as demais ideias que, certamente, estão com o leme direcionado para o fortalecimento desse esporte maravilhoso.

REMARSUL · 28 de abril de 2025 às 09:37

Escrevo que tive mais oportunidades de perguntar a chapa da Magali do que ao do Felipe (sem desconsiderar os demais participantes) e vivenciar o quê é estar à frente de uma Confederação esportiva e também, estando nela, entender as relações e os anseios de mudança. É uma tarefa hercúlea, tal qual ter que fazer os 12 trabalho do mito grego.

Desejo, sim é um Desejo, que os méritos sejam dados aos que por anos estiveram à frente, e que os projetos iniciados cujos verbas já alocadas possam ser mantidos e, se for o caso, melhorados. Não sei como será a transição, mas acredito que a nova chapa deverá abrir um cabal maior de comunicação, e neste caso, indico este canal para que junto a outros seja um portal para divulgar ações, pleitos, conquistas, discussões.

Parabéns pela iniciativa, pela Live.

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