Por Cesar Seara Neto

Vinte e um de maio de dois mil e vinte e dois, meu pai Cesar Seara Júnior completa oitenta anos.

Desde que iniciei esta gratificante jornada, na tentativa de contar as infinitas Histórias de Remador, já mencionei inúmeras vezes, e não me cansarei de mencionar, que um dos principais motivos de registrar todas estas passagens, é de uma em especial que se iniciou no ano de 80, se estendendo até o ano de 86.

Neste período foi quando remei, e meu pai com sua sagacidade, se aproximou do esporte que me apaixonei, no intuito de me incentivar, apoiar, torcer, acompanhar meu desenvolvimento, aplaudir minhas conquistas, e sempre, sempre ser solidário nas derrotas.

Não pretendo nesta crônica de uma lauda, me aprofundar neste bonito capítulo, que merecerá futuramente um livro recheado de fatos, emoções e percepções.

Hoje consigo perceber a grandeza do seu gesto, àquela época, quando além de abraçar a minha breve e não tão expressiva carreira como remador, abraçou o esporte, e por ele se dedicou alguns anos, obtendo frutos e resultados mais bem relatados por outras pessoas, não tão parciais quanto um filho para descrever.

Eu gostaria muito de saber me comunicar como ele, escrever de forma organizada e também, falar com toda sua eloquência e desenvoltura de professor universitário, iniciada antes mesmo de se formar na primeira turma de Engenharia Industrial da Universidade Federal de Santa Catarina em 1966, quando eu tinha apenas um ano de idade.

Seu pensamento linear e cartesiano, sua visão de sempre planejar, típicas de engenheiro, me facilitaram entender o seu pensamento, ainda que seja reservado com suas particularidades, contrasta com sua parte humorística, para mim, o melhor contador de piadas que conheço, sempre ricas em detalhes, onomatopeias, caras e sons.

A festa no céu contada por ele, iniciava a partir do almoço de sexta-feira, se encerrando somente no infindável almoço de sábado.

Foram longos seis anos de remo, que passaram voando, mas deixaram adoráveis memórias que não me canso de relembrar e recontá-las.

Para que esta passagem fique eternizada com o merecido registro, faremos uma LIVE coletiva neste domingo, dia 22/05/2022 às 19h em nosso canal do YouTube, com as participações confirmadas de Hugo Seibel, Regina Machado (minha mãe), Eninho e Marcelo Sonego, Zenilto Ribeiro, Francisco Kramer, Toninho Naco Farias, Valmir Brás da Silva e Dé Baracuhy.

Já recebemos alguns depoimentos que serão publicados AO VIVO, o link para assistir está ao final deste texto.

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