Por Cesar Seara Neto

Oito mil e quinhentos quilômetros de costa marítima, banhada pelo Oceano Atlântico, um dos mares mais navegáveis do planeta. Este é o número que fomos agraciados pela natureza. Navegar é preciso, remar é opcional, mas diante de tanta beleza ofertada, não a aproveitar é quase uma desonestidade para com o nosso Criador.

O Remo Coastal avança remada a remada, aportando em praias já visitadas, e muitas delas, disputadas a palmo por um espaço para sua cadeira ou esteira a fim de lagartear ao sol. Em Portugal é chamado de Remo de Mar, noutros locais, Remo de Praia. As disputas de Beach Sprint ocorrem dentro d’água, é obvio, mas a partida e chegada são na areia, em meio ao público, que já está ali, como diz Marcelinho Santos, nosso embaixador do costal no Brasil.

Os barcos utilizados para as competições, são construídos de forma que a água passe pelo barco, e escoe naturalmente pela sua ré, ficando uma lâmina no cockpit inclinado, quase imperceptível. Isto ocorre graças às câmaras compartimentadas do barco, que permitem flutuabilidade, mesmo em caso de avaria numa destas, as outras dão conta do recado.

Notem que estas naves são construídas para competições, nestas ocasiões lanchas de apoio são utilizadas, permitindo resgate e segurança aos participantes em situações não esperadas. Treinar sozinho no mar, requer planejamento mais detalhado.

O bate papo com duas figuras já veteranas no canal, Beto Berck e o rei da Volta a Ilha de Vitória, Vangelys, foi muito divertido, uma verdadeira resenha, com detalhes aos fatos vividos por eles na costa peruana na Copa América. Os bons resultados obtidos pela equipe, que contou com a participação da remadora paraense Babi, alavancou nova empreitada para os Jogos Odesur (Sul Americano) em Santa Marta na Colômbia, já iniciados.

Interessante ouvir os relatos destas pessoas, em especial os figuraços Vangelys e Beto, que não falam tanto quanto remam, abrindo o peito de como conseguiram viabilizar de forma individual suas viagens. Lógico que o apoio institucional da Confederação Brasileira de Remo, CBR, em especial na pessoa da presidente, Magali, foi fundamental.

Outro aspecto que tornou a resenha ainda mais divertida e rica, foi a participação da galera que segue estas Histórias de Remador e de mais convidados dos participantes, com perguntas enriquecedoras e instigadoras, mostrando que juntos somos mais fortes.

Assistam ao bate papo abaixo, não esqueçam de seguir nosso perfil no Instagram, COMENTAR aqui no SITE, e se inscrever no canal do YouTube.

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