História de Remadora

Publicado por historiasderemador em

Meu nome é Cilene Maués, quero compartilhar minha história de remadora!! 🥰

Comecei a conhecer o remo através dos meus filhos Camile Vitória e Mateus Souza, era apenas uma mãe levando os filhos ao treino. Com o passar do tempo fui convidada pelo treinando da escolinha para remar, na ocasião eu respondi a ele que não conseguiria remar por achar na época que era difícil, e mesmo eu já estava com 37 anos nunca tinha feito nenhuma atividade física, só pedalava levando meus filhos à escola!

Depois de muita insistência do treinador, eu comecei. Lembro que iniciei minhas remadas, num simulador bem velhinho que ficava perto da rampa onde descem os barcos. Eu já me imaginava remando os barcos, saindo sozinha, etc.. quando o treinador percebeu que eu já estava bem na prática fora da água, comecei a sair num Double.

Mesmo estando tensa, aquele dia foi mágico. Comecei a me dedicar ainda mais. Saía de casa com meus filhos às cinco horas da manhã todos os dias.

Quando melhorei, comecei a sair no Canoe com dois flutuantes ao lado, para não virar, tipo uma bicicletinha com duas rodinhas. Nossa, era tudo de bom remar aquele Canoe, passei depois para o Canoe normal e cada dia ia avançando.

Comecei a sair sozinha, cada dia indo mais longe, mas nunca o clube demonstrou interesse em me colocar para competir. Quando eu ia assistir aos meus filhos competindo, vibrava com aquele espetáculo. Isto despertou em mim o interesse de me tornar uma atleta realmente.

Em 2018 minha filha saiu do clube na qual estávamos e fomos para outro, lá pouco treinei, pois não era uma atleta. Quando remei, foi porque o treinador que havia me ensinado a remar estava lá. Devido a minha filha ter ido para o Botafogo (RJ), meu filho e eu ficamos um ano sem saber o que era remar. Quando ela retornou a Belém, nós dois também retornamos para o remo.

Voltei com muito mais foco e com o desejo enorme de competir. Em 2021 conversei com o diretor do clube sobre a possibilidade de eu competir. Ele me garantiu que eu iria, mas comecei a ser barrada pelo treinador da escolinha, para remar o Canoe.

Aguentei isso por um tempo. Como o diretor não tomou nenhuma providência ao meu respeito, resolvi sair desse clube, me transferindo para o clube que até hoje estou, por ter me dado a oportunidade que tanto esperava para competir.

Aos quarenta e três anos de idade no dia 12/12/2021, participei da minha primeira competição. Antes de eu conhecer meu atual clube, sempre que saia no Canoe, eu levava meu celular para tirar fotos. Numa parada para fotos, dois meninos me pediram para tirar fotos deles.

Com todo prazer tirei as fotos e perguntei como fazia para enviar a eles. Responderam para entrar no Instagram na página da Tuna Lusa, bastando enviar para qualquer pessoa que que fosse da náutica. Através dessas fotos, conheci o meu namorado.

Estamos juntos há um ano e cinco meses. O remo tem me proporcionado qualidade de vida e a manter o equilíbrio mente e corpo.

Já tive momentos tensos quando virei a primeira vez no Canoe e perdi meu celular recém comprado. Mas isso não me fez desistir de remar.

A segunda vez que virei, foi num Four Skiff, desta vez foi um pouco mais tenso, no outro dia tínhamos competição, e a sota-proa ficou com o pé preso à sapatilha. A sota-voga estava aprendendo a remar, por isto, pedi calma. Consegui nadar até a sota-proa, mergulhei e desprendi o seu pé da sapatilha. Uma lancha nos resgatou. O barco foi levado por remadores de outro Clube.

Depois de tudo ter se acalmado, choramos de tanto rir e sem entender como conseguimos virar um Four Skiff.

Houve uma situação num Double, quando a minha Forqueta abriu, saindo um remo. A voga era novata, não conseguiu manter o equilíbrio sozinha, resultado, fomos para a água. Um detalhe, ela não sabia nadar. Mas com calma e tranquilidade com a ajuda de uma guarnição de outro clube, minha companheira se segurou no barco deles. Consegui desvirar o barco sozinha, ela subiu primeiro e depois eu. Retornamos ao clube.

Há que se destacar que já remei inúmeras vezes no skiff simples, sem ter virado, mesmo com o rio repleto de marolas. Certa vez com a maré alta, um parceiro meu do clube, já havia virado no Skiff, eu já estava no momento de retornar. Quando dei a remada para fazer a volta no Skiff, o que aconteceu? A minha forqueta abriu. Mais uma vez fui para a água. Como sempre, mantive a calma, mesmo com a maré agitadíssima.

A lancha de outro clube pegou o barco e os remos. Eu nadei para uma rampa perto do Mercado Ver-o-Peso. Foi muito divertido esse dia. Desde então, não houve outros registros de viradas ou de forqueta abrindo.

Remar para mim é vida. Mesmo sem nenhuma medalha de ouro em campeonatos, já me sinto uma campeã. Meu maior desejo hoje é viajar para competir num campeonato nacional, e por que não num mundial?

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25 comentário

Cristiano · 1 de fevereiro de 2023 às 13:42

História de superação e persistência.
De que nunca devemos desistir do que realmente queremos.
Continue assim Cilene,essa pessoa guerreira que sempre você foi.👏🚣

    historiasderemador · 1 de fevereiro de 2023 às 14:08

    ela é guerreira!

    Cilene Maués · 2 de fevereiro de 2023 às 12:21

    Eu agradeço o carinho meu amor!

      João siqueira · 3 de fevereiro de 2023 às 19:04

      Orgulho de voce Cilene,uma guerreira da vida , vc é inspiração para muita gente ..🙏☺️

        Cilene maues · 5 de fevereiro de 2023 às 17:00

        Obrigada João, vamos que vamos esse ano tem muita coisa boa para nós!!

    Angelica Oliveira dos Santos batista · 2 de dezembro de 2023 às 17:18

    Cilene linda parabéns pois vc e um exemplo de esforço e dedicação uma das melhores que até hj conheci parabéns sucesso para que ainda está por vir

Renato Lisbôa Müller · 1 de fevereiro de 2023 às 18:32

Parabéns pela determinação. Práticas esporte é ótimo, independente da cidade, idade ou modalidade. Na vida, de vez em quando, as coisas não acontecem como planejamos. Em um barco de remo também, às vezes, ele vira! Continue determinada, você consegue, você merece!

    historiasderemador · 2 de fevereiro de 2023 às 11:46

    Verdade Renato, o importante é praticar esportes, mas se queres praticar o melhor esporte, então pratique Remo!

    Cilene Maués · 2 de fevereiro de 2023 às 12:22

    Renato muito obrigada!!🙏

    Cilene Maués · 2 de fevereiro de 2023 às 12:24

    Renato, eu agradeço pelas suas palavras, saiba que eu sou muito determinada, não desisto do que eu quero e estou na luta para melhorar ainda mais nesse esporte que eu amo de paixão!!

      Renato Lisbôa Müller · 2 de fevereiro de 2023 às 21:09

      Cilene, sou de Florianópolis (Santa Catarina). Fui timoneiro, remador e atualmente sou diretor do Clube Náutico Riachuelo. Sei dos desafios e sacrifícios para praticar este esporte adorável. Não desista de remar, não desista de tentar e não desista de sonhar. Você já é uma campeã….. Parabéns pela determinação!

      Vitória sousa · 3 de fevereiro de 2023 às 20:04

      mulher forte, merece demais 👏👏

        Cilene maies · 5 de fevereiro de 2023 às 17:01

        Amém. Obrigada!!

Carlos Eduardo Santiago e · 1 de fevereiro de 2023 às 20:49

Esta é uma verdadeira história de vida ao remo. Que bom, que o remo mudou realmente sua vida… Parabéns

    historiasderemador · 2 de fevereiro de 2023 às 11:45

    é um exemplo!

    Cilene Maués · 2 de fevereiro de 2023 às 12:26

    O remo salvou a minha vida abaixo de Deus é claro. Carlos gratidão pelo seu comentário.

Tânia passos · 3 de fevereiro de 2023 às 19:07

Uma guerreira,te amo❤️

Wanderson de Souza lima · 3 de fevereiro de 2023 às 19:33

Você é guerreira minha mãe linda ❤️❤️

    Cilene Maués · 5 de fevereiro de 2023 às 17:02

    Obrigada meu filhão!!

    Cilene Maués · 5 de fevereiro de 2023 às 17:03

    Essa guerreira começou quando tive você e seus irmãos!!

Lucas costa · 3 de fevereiro de 2023 às 21:23

Uma verdadeira história de motivação 👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽

Camile · 5 de fevereiro de 2023 às 17:05

Maravilhosa

Cristiano José Corrêa Barata · 2 de dezembro de 2023 às 13:34

Guerreira na vida e no esporte!❤️

Cristiano José Corrêa Barata · 2 de dezembro de 2023 às 13:35

Guerreira na vida e no esporte!❤️
Melhor história de superação.

Cristiano José Corrêa Barata · 2 de dezembro de 2023 às 13:35

Ótima história!

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